segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Conheça a História do Papa João Paulo II


Nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, sul da Polônia. Sua família estava conformada por seu pai Karol Wojityla, um militar do exército austro-húngaro, sua mãe Emíila Kaczorowsky, uma jovem siciliana de origem lituana, e um irmão adolescente de nome Edmund.
Os pais de Karol Wojtyla o batizaram a poucos dias após nascer, na Igreja de Santa Maria de Wadowice. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe: o falecimento de sua mãe ao dar a luz a uma menina que morreu antes de nascer. Anos mais tarde faleceu seu irmão e em 1941 morreu seu pai. De jovem, o futuro Pontífice mostrou uma grande inquietude pelo teatro e pelas artes literárias polonesas. Tanto, que ainda no colégio pensava seriamente na possibilidade de continuar estudos de filosofia e lingüístia polonesa, mas um encontro com o Cardeal Sapieha durante uma visita pastoral, o fez considerar seriamente a possibilidade de seguir a vocação que teria imprimido – então ainda sem revelar-se plenamente – no coração: o sacerdócio. Ao desatar-se da Segunda Guerra Mundial os alemães fecharam todas as Universidades da Polônia com o objetivo de invadir não somente o território, mas também a cultura polonesa. Frente a essa situação Karol Wojtyla com um grupo de jovens organizaram uma Universidade clandestina, onde estudou filosofia, idiomas e literatura.
Pouco antes de decidir seu ingresso ao seminário, o jovem Karol teve que trabalhar arduamente como operário em uma pedreira. Segundo relata o hoje Pontífice, esta experiência ajudou-o a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a sensibilidade, sensatez e fervor religioso dos trabalhadores e dos pobres. Em 1942 ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaguelloniana. Durante estes anos teve que viver ocuto, junto com outros seminaristas, quem foram acolhidos pelo Cardeal de Cracovia. Em 1 de novembro de 1946, a idade de 26 anos, Karol Wojtyla foi ordenado sacerdote no Seminário Maior de Cracovia e celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.
Em pouco tempo obteve a licenciatura de Teologia na Universidade Pontifícia de Roma Angelicum e mais adiante se doutorou em Filosofia. Durante algum tempo se desempenhou como professor de ética na Universidade Católica de Dublin e na Universidade Estatal de Cracovia, onde interatuou com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como “tomismo lublinense”.
Em 23 de Setembro de 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Aposstólico de Cracovia, Monsenhor Baziak, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polaco. Participou no Concílio Vaticano II, onde participou ativamente, especialmente nas comissões responsáveis de elaborar a Constituição Dogmática sobre a Igreja Lúmen Gentium e a Constituição conciliar Gadium et Spes. Durante estes anos, o então Bispo Wojtyla combinava a produção teológica com um intenso labor apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre. No dia 13 de janeiro de 1964 faleceu Monsenhor Baziak, pelo que Monsenhor Wojtyla ocupa a sede de Cracovia como titular.
Dois anos depois, o Papa Paulo VI converte Cracovia em Arquidiocese. Durante esse tempo como Arcebispo, o futuro Papa caracterizou-se pela integração dos leigos, nas tarefas pastorais, na promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos, apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos trabalhadores e o alento do pensamento e as publicações católicas. Em maio de 1967, aos 47 anos de idade, o Arcebispo Wojtyla foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Em 1974 o novo Cardeal ordenou a 43 novos sacerdotes, na ordenação sacerdotal mais numerosa, que terminou a Segunda Guerra Mundial. Em 1978 morre o Papa Paulo VI e é eleito o novo Papa: o Cardeal Albino Luciani, de 65 anos, quem tomou o nome de João Paulo I. o “Papa do Sorriso”, sem embargo, falece aos 33 dias de sua nomeação.
 Em 15 de outubro de 1978, logo de uma nova conclave, o Cardeal polonês Karol Wojtyla é eleito como o sucessor de São Pedro, rompendo com a tradição de mais de 400 anos de eleger Papas de origem italiano.
No dia 16 de outubro de 1978, o Cardeal Karol Wojtyla foi eleito Papa, assumindo o nome de João Paulo II. Sucedeu a João Paulo I, falecido no dia 28 de setembro de 1978, que por apenas 33 dias dirigira a Igreja, sucedendo a Paulo VI, falecido no dia 06 de agosto do mesmo ano. Foi o primeiro Papa polonês da história da Igreja, o primeiro não italiano desde 1522 e o mais jovem (58 anos) desde 1846. Sua entronização solene no ministério petrino foi em 22 de outubro de 1978.
João Paulo II caracteriza-se como pessoa de intensa oração e de grande atividade. Até maio de 1996, realizou 125 visitas a Dioceses da Itália e 245 a paróquias de Roma. Fez 71 viagens apostólicas internacionais, tendo estado em mais de cem países. Em alguns mais de uma vez. Escreveu numerosos documentos. Tudo como se verá adiante.
Convocou e desenvolveu o Sínodo para os Bispos da Europa e da África. Tem em vista o Sínodo para os Bispos das Américas, da Ásia e da Oceania. Em seu pontificado foi concluída a redação do Código de Direito Canônico, reformulado com base no Concílio Vaticano II, cuja finalidade é "criar na sociedade eclesial uma ordem que, dando a primazia ao amor, à graça e aos carismas, facilite ao mesmo tempo seu desenvolvimento orgânico na vida seja da sociedade eclesial, seja de cada um de seus membros" (Constituição de promulgação). Foi redigido e promulgado o Catecismo da Igreja Católica, compêndio doutrinário, para servir de "texto de referência, seguro e autêntico para o ensino da doutrina católica, e de modo muito particular para a elaboração de catecismos locais. É oferecido também a todos os fiéis que desejam aprofundar o conhecimento das riquezas inexauríveis da salvação" (Cf. Jo 8,32). Pretende dar um apoio aos esforços ecumênicos animados pelo santo desejo da unidade de todos os cristãos, mostrando com exatidão o conteúdo e a harmoniosa coerência da fé católica.... é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão de nossa esperança (Cf. 1 Pd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê" (Constituição de promulgação).
João Paulo II realizou seis consistórios com nomeação de novos Cardeais. Ao todo, nomeou 137, dos quais 123 estão vivos e 100 seriam votantes (não completaram ainda oitenta anos - em março de 1995) num conclave (reunião de cardeais para a eleição de um novo Papa). Dos 137 Cardeais nomeados por João Paulo II, 77 são da Europa (30 da Itália); 18 de América Latina; 15 da Ásia; 14 da América do Norte; 10 da África; 3 da Oceania.
Ele promoveu alguns encontros marcantes no campo do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Entre eles, destaca-se o primeiro Dia Mundial de Oração pela Paz com representantes das Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais e Religiões do Mundo, no dia 27 de outubro de 1986, em Assis, Itália. Tomou também a iniciativa de visitar a sinagoga de Roma, no dia 13 de abril de 1986.
Manifesta um carinho especial pela juventude. Instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude e a próxima será na Alemanha, em agosto de 2005.
João Paulo II já realizou muitas canonizações (declaração de santidade de uma pessoa) e muitas beatificações. Entre as beatificações, está a de Madre Paulina, fundadora das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no dia 18 de outubro de 1991, em Florianópolis-SC. Entre as canonizações, está a dos Mártires das Missões, Padres Roque Gonzales, Afonso Rodrigues e João de Castilho, em Assunción, Paraguai, em maio de 1988.
João Paulo II foi também duramente provado pelo sofrimento. Em 13 de maio de 1981, foi vítima de um atentado em plena praça São Pedro. O tiro de que foi alvo submeteu-o a uma delicada cirurgia com extração de parte do intestino. Em julho de 1992, precisou de uma nova internação hospitalar. Desta vez para extirpar um pequeno tumor também no intestino. Em 1994, em conseqüência de uma queda, fraturou o fêmur.
Em dezembro passado, a Revista Time elegeu João Paulo II "Homem do ano" de 1994. Justificou assim a escolha: "em um ano em que tantas pessoas lamentam a deterioração dos valores morais ou buscam pretextos diante de um mau comportamento, o Papa João Paulo II levou adiante, com determinação, sua visão de uma vida reta e convidou o mundo a fazer o mesmo. Por essa retidão, ele é o 'Homem do ano'". Em matéria de 25 páginas, a revista apresenta a biografia do Papa, com destaque para suas alegrias e sofrimentos: sua angústia pela situação da Bósnia e por outras guerras no mundo, pela decadência dos valores morais e, sobretudo, sua preocupação com a santidade do ser humano para a qual, segundo o texto, "o Papa é uma força moral".

Fonte: cancaonova.com

Um comentário:

  1. Orai sem cessar. (1 Tessalonicenses 5:17)
    Venha nos visitar: http://botefeamor.blogspot.com.br/
    Abraços Fraternos

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