A ansiedade na visão
cristã
Segundo estudos recentes o
número de pessoas com depressão ou ansiedade aumentou em quase 50% entre 1990 e
2013, passando de 416 milhões para 615 milhões. Qual é a ótica cristã sobre o
tema?
Segundo estudos recentes o número de pessoas com depressão ou ansiedade aumentou em quase
50% entre 1990 e 2013, passando de 416 milhões para 615 milhões. Os dados são
alarmantes e merecem toda a atenção. Um dos fatores que se destacam é a
supervalorização do ter, ou seja, o consumismo exacerbado com o agravante de
manter uma aparência interessante a ser exposta nas redes sociais. No mínimo
lamentável!
Jesus
abordava temas de profundo significado que só passaram a ser analisados pelos
homens dezenove séculos depois, com o surgimento da psiquiatria e da
psicologia. Sempre adiantado em seu tempo Ele discorreu sobre as dificuldades
criadas pela ansiedade: “Não andeis ansiosos pela vossa vida”. Com essas
palavras, Jesus alerta sobre o imediatismo humano que leva as preocupações
exageradas com a sobrevivência, os pensamentos antecipatórios, à desvalorização
do ser em relação ao ter.
O Mestre é
grande sábio, as causas que Ele apontou não mudaram no mundo moderno; pelo
contrário, se intensificaram. Claro que existe uma ansiedade inerente ao homem,
ligada à construção de pensamentos e que, portanto, é normal. Todavia, muitas
vezes, usamos os pensamentos contra nós mesmos e geramos uma vida ansiosa. Os
problemas ainda não ocorreram, mas já estamos angustiados por eles. O registro
de Mateus diz “… Basta ao dia o seu próprio mal”. Para entendermos esta máxima
observemos que a maioria de nossas preocupações antecipatórias nunca chega a
acontecer realmente, tornando nosso sofrimento vão.
O transtorno
de ansiedade torna a vida humana, que deveria ser prazerosa, um espetáculo de
horror, de medo, de aflição. Nunca tivemos tantos sintomas psicossomáticos:
cefaleia, dores musculares, fadiga excessiva, sono perturbado, transtornos
alimentares, como a bulimia, anorexia e obesidade. Isto reflete a nossa
dificuldade em gerenciar nossos pensamentos em favor de nós mesmos. Sendo a
ansiedade gerada em nossos pensamentos e levando em consideração que pensar é
um ato involuntário, compreendemos que é no pensamento que devemos nos vigiar.
Aprendendo a
gerenciar nossa mente a nosso favor dominamos as reações emocionais e passamos
a ser executores de nossa história. O primeiro passo é, sem dúvida, detectar os
pensamentos destruidores e passar a evitá-los cada vez mais. Esses pensamentos
são ligados aos sentimentos de orgulho, inveja, ódio e insegurança, por isso
podem prejudicar quem os alimenta.
Cristo não
frequentou escola, não estudou as letras, mas foi e continuará sendo o grande
Mestre da Vida, seus ensinamentos são sempre atuais e oportunos porque em sua
sabedoria tinha convicção que seriam necessários nos séculos seguintes. Ao
exclamar: “Eu sou a verdade, o caminho e a vida”, Jesus nos alertou sobre a
necessidade de procurar seus ensinamentos a fim de nos tornarmos seres humanos
melhores e mais conscientes.
Fonte: Aleteia.com
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