Mostrando postagens com marcador Santos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Santos. Mostrar todas as postagens

sábado, 3 de maio de 2014

São José Operário


Reflexão feita por  Card. Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, 30 de Abril de 2014 - A memória de São José Operário vem-se celebrando liturgicamente desde 1955. A Igreja recorda assim – seguindo o exemplo de São José e sob o seu patrocínio –, a valorização do ser humano e a questão sobrenatural do trabalho. Todo o trabalho humano é colaboração com a obra de Deus Criador, e, por Jesus Cristo, converte-se na medida do amor a Deus e da caridade com os outros em verdadeira oração e em apostolado.
Quanto ao título: São José Operário: ele trabalhou a vida toda para sustentar a Sagrada Família e depois ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida pela humanidade. É uma inspiração para este dia primeiro de maio, que recorda a luta dos trabalhadores do mundo todo pleiteando respeito a seus direitos.  Foi uma das motivações que levou o Papa Pio XII a instituir a festa de “São José Trabalhador”, em 1955, na mesma data em que se comemora o Dia do Trabalho em quase todo o planeta.
Foi no primeiro de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos à época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia massacrou-os sem piedade. Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual.
São José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade.
A Igreja, ao apresentar-nos São José como modelo, não se limita a louvar uma forma de trabalho, mas a dignidade e o valor de todo o trabalho humano honrado. Na primeira Leitura da Missa, lemos a narração do Gênesis em que o homem surge como participante da Criação. A Sagrada Escritura também nos diz que Deus colocou o homem no jardim do Éden para que o cultivasse e guardasse.
O trabalho foi desde o princípio um preceito para o homem, uma exigência da sua condição de criatura e expressão da sua dignidade. E a forma como colabora com a Providência Divina sobre o mundo. “Enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão” (Gn 1, 28).
Porém, com o pecado original, a forma dessa colaboração sofreu uma alteração como consequência do pecado: “com fadiga te alimentarás dela todos os dias da tua vida... Comerás o pão com o suor de teu rosto” (Gn 3, 17-19).
É frequente observar que a sociedade materialista dos nossos dias valoriza o que produz e aprecia os homens “pelo que ganham”, pela sua capacidade de obter um maior nível de bem-estar econômico. É hora de todos nós, cristãos, anunciarmos bem alto que o trabalho é um dom de Deus, e que não faz nenhum sentido dividir os homens em diferentes categorias, conforme os tipos de trabalho, considerando umas ocupações mais nobres do que outras. O trabalho, todo o trabalho, é testemunho da dignidade do homem, do seu domínio sobre a criação; é o meio de desenvolvimento da personalidade; é vinculado de união com os outros seres; fonte de recursos para o sustento da família; meio de contribuir para o progresso da sociedade em que se vive e para o progresso de toda a humanidade.
Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano ao proteger Jesus, e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
São José ensina-nos a realizar bem o ofício que nos ocupa tantas horas: as tarefas domésticas, o laboratório, o arado ou o computador, o trabalho de carregar pacotes ou de cuidar da portaria de um edifício... A categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade...
Contudo, São José, enquanto trabalhava, tinha Jesus diante de si. Jesus deve ter-lhe ajudado em seu trabalho. Quando se sentia cansado, olhava para o seu filho, que era o Filho de Deus, e aquela tarefa adquiria aos seus olhos um novo vigor, porque sabia que com o seu trabalho colaborava com os planos misteriosos, mas reais, da salvação. Peçamos-lhe, hoje, que ele nos ensine a ter a presença de Deus e a exercer a caridade que ele teve enquanto exercia o seu ofício. E não nos esqueçamos da Virgem Maria, a quem vamos dedicar com muito amor este mês de maio que hoje começa. Não nos esqueçamos de oferecer em sua honra, nestes dias, alguma hora de trabalho ou de estudo, e, principalmente o Santo Rosário, oração contemplativa que nos faz entrar na história da salvação.
Por: Por Card. Dom Orani Tempesta, O.Cist.
Fonte: Portal Zeni

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Conheça a História do Papa João Paulo II


Nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, sul da Polônia. Sua família estava conformada por seu pai Karol Wojityla, um militar do exército austro-húngaro, sua mãe Emíila Kaczorowsky, uma jovem siciliana de origem lituana, e um irmão adolescente de nome Edmund.
Os pais de Karol Wojtyla o batizaram a poucos dias após nascer, na Igreja de Santa Maria de Wadowice. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe: o falecimento de sua mãe ao dar a luz a uma menina que morreu antes de nascer. Anos mais tarde faleceu seu irmão e em 1941 morreu seu pai. De jovem, o futuro Pontífice mostrou uma grande inquietude pelo teatro e pelas artes literárias polonesas. Tanto, que ainda no colégio pensava seriamente na possibilidade de continuar estudos de filosofia e lingüístia polonesa, mas um encontro com o Cardeal Sapieha durante uma visita pastoral, o fez considerar seriamente a possibilidade de seguir a vocação que teria imprimido – então ainda sem revelar-se plenamente – no coração: o sacerdócio. Ao desatar-se da Segunda Guerra Mundial os alemães fecharam todas as Universidades da Polônia com o objetivo de invadir não somente o território, mas também a cultura polonesa. Frente a essa situação Karol Wojtyla com um grupo de jovens organizaram uma Universidade clandestina, onde estudou filosofia, idiomas e literatura.
Pouco antes de decidir seu ingresso ao seminário, o jovem Karol teve que trabalhar arduamente como operário em uma pedreira. Segundo relata o hoje Pontífice, esta experiência ajudou-o a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a sensibilidade, sensatez e fervor religioso dos trabalhadores e dos pobres. Em 1942 ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaguelloniana. Durante estes anos teve que viver ocuto, junto com outros seminaristas, quem foram acolhidos pelo Cardeal de Cracovia. Em 1 de novembro de 1946, a idade de 26 anos, Karol Wojtyla foi ordenado sacerdote no Seminário Maior de Cracovia e celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.
Em pouco tempo obteve a licenciatura de Teologia na Universidade Pontifícia de Roma Angelicum e mais adiante se doutorou em Filosofia. Durante algum tempo se desempenhou como professor de ética na Universidade Católica de Dublin e na Universidade Estatal de Cracovia, onde interatuou com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como “tomismo lublinense”.
Em 23 de Setembro de 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Aposstólico de Cracovia, Monsenhor Baziak, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polaco. Participou no Concílio Vaticano II, onde participou ativamente, especialmente nas comissões responsáveis de elaborar a Constituição Dogmática sobre a Igreja Lúmen Gentium e a Constituição conciliar Gadium et Spes. Durante estes anos, o então Bispo Wojtyla combinava a produção teológica com um intenso labor apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre. No dia 13 de janeiro de 1964 faleceu Monsenhor Baziak, pelo que Monsenhor Wojtyla ocupa a sede de Cracovia como titular.
Dois anos depois, o Papa Paulo VI converte Cracovia em Arquidiocese. Durante esse tempo como Arcebispo, o futuro Papa caracterizou-se pela integração dos leigos, nas tarefas pastorais, na promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos, apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos trabalhadores e o alento do pensamento e as publicações católicas. Em maio de 1967, aos 47 anos de idade, o Arcebispo Wojtyla foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Em 1974 o novo Cardeal ordenou a 43 novos sacerdotes, na ordenação sacerdotal mais numerosa, que terminou a Segunda Guerra Mundial. Em 1978 morre o Papa Paulo VI e é eleito o novo Papa: o Cardeal Albino Luciani, de 65 anos, quem tomou o nome de João Paulo I. o “Papa do Sorriso”, sem embargo, falece aos 33 dias de sua nomeação.
 Em 15 de outubro de 1978, logo de uma nova conclave, o Cardeal polonês Karol Wojtyla é eleito como o sucessor de São Pedro, rompendo com a tradição de mais de 400 anos de eleger Papas de origem italiano.
No dia 16 de outubro de 1978, o Cardeal Karol Wojtyla foi eleito Papa, assumindo o nome de João Paulo II. Sucedeu a João Paulo I, falecido no dia 28 de setembro de 1978, que por apenas 33 dias dirigira a Igreja, sucedendo a Paulo VI, falecido no dia 06 de agosto do mesmo ano. Foi o primeiro Papa polonês da história da Igreja, o primeiro não italiano desde 1522 e o mais jovem (58 anos) desde 1846. Sua entronização solene no ministério petrino foi em 22 de outubro de 1978.
João Paulo II caracteriza-se como pessoa de intensa oração e de grande atividade. Até maio de 1996, realizou 125 visitas a Dioceses da Itália e 245 a paróquias de Roma. Fez 71 viagens apostólicas internacionais, tendo estado em mais de cem países. Em alguns mais de uma vez. Escreveu numerosos documentos. Tudo como se verá adiante.
Convocou e desenvolveu o Sínodo para os Bispos da Europa e da África. Tem em vista o Sínodo para os Bispos das Américas, da Ásia e da Oceania. Em seu pontificado foi concluída a redação do Código de Direito Canônico, reformulado com base no Concílio Vaticano II, cuja finalidade é "criar na sociedade eclesial uma ordem que, dando a primazia ao amor, à graça e aos carismas, facilite ao mesmo tempo seu desenvolvimento orgânico na vida seja da sociedade eclesial, seja de cada um de seus membros" (Constituição de promulgação). Foi redigido e promulgado o Catecismo da Igreja Católica, compêndio doutrinário, para servir de "texto de referência, seguro e autêntico para o ensino da doutrina católica, e de modo muito particular para a elaboração de catecismos locais. É oferecido também a todos os fiéis que desejam aprofundar o conhecimento das riquezas inexauríveis da salvação" (Cf. Jo 8,32). Pretende dar um apoio aos esforços ecumênicos animados pelo santo desejo da unidade de todos os cristãos, mostrando com exatidão o conteúdo e a harmoniosa coerência da fé católica.... é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão de nossa esperança (Cf. 1 Pd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê" (Constituição de promulgação).
João Paulo II realizou seis consistórios com nomeação de novos Cardeais. Ao todo, nomeou 137, dos quais 123 estão vivos e 100 seriam votantes (não completaram ainda oitenta anos - em março de 1995) num conclave (reunião de cardeais para a eleição de um novo Papa). Dos 137 Cardeais nomeados por João Paulo II, 77 são da Europa (30 da Itália); 18 de América Latina; 15 da Ásia; 14 da América do Norte; 10 da África; 3 da Oceania.
Ele promoveu alguns encontros marcantes no campo do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Entre eles, destaca-se o primeiro Dia Mundial de Oração pela Paz com representantes das Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais e Religiões do Mundo, no dia 27 de outubro de 1986, em Assis, Itália. Tomou também a iniciativa de visitar a sinagoga de Roma, no dia 13 de abril de 1986.
Manifesta um carinho especial pela juventude. Instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude e a próxima será na Alemanha, em agosto de 2005.
João Paulo II já realizou muitas canonizações (declaração de santidade de uma pessoa) e muitas beatificações. Entre as beatificações, está a de Madre Paulina, fundadora das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no dia 18 de outubro de 1991, em Florianópolis-SC. Entre as canonizações, está a dos Mártires das Missões, Padres Roque Gonzales, Afonso Rodrigues e João de Castilho, em Assunción, Paraguai, em maio de 1988.
João Paulo II foi também duramente provado pelo sofrimento. Em 13 de maio de 1981, foi vítima de um atentado em plena praça São Pedro. O tiro de que foi alvo submeteu-o a uma delicada cirurgia com extração de parte do intestino. Em julho de 1992, precisou de uma nova internação hospitalar. Desta vez para extirpar um pequeno tumor também no intestino. Em 1994, em conseqüência de uma queda, fraturou o fêmur.
Em dezembro passado, a Revista Time elegeu João Paulo II "Homem do ano" de 1994. Justificou assim a escolha: "em um ano em que tantas pessoas lamentam a deterioração dos valores morais ou buscam pretextos diante de um mau comportamento, o Papa João Paulo II levou adiante, com determinação, sua visão de uma vida reta e convidou o mundo a fazer o mesmo. Por essa retidão, ele é o 'Homem do ano'". Em matéria de 25 páginas, a revista apresenta a biografia do Papa, com destaque para suas alegrias e sofrimentos: sua angústia pela situação da Bósnia e por outras guerras no mundo, pela decadência dos valores morais e, sobretudo, sua preocupação com a santidade do ser humano para a qual, segundo o texto, "o Papa é uma força moral".

Fonte: cancaonova.com

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Conhece a História de Santa Cecília Padroeira dos Músicos?

 Santa Cecília, padroeira dos músicos
22 de Novembro


Santa Cecília padroeira dos músicos
Conheça a vida de Santa Cecília, a padroeira dos músicos

A sua vida foi música pura, cuja letra se tornou uma tradição cristã e cujos mistérios até hoje elevam os sentimentos de nossa alma a Deus. Era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Estudiosa, adorava estudar filosofia, o Evangelho e a música, principalmente a sacra. 

Desde a infância era muito religiosa e, por decisão própria, afastou-se dos prazeres da vida da corte para ser esposa de Cristo pelo voto secreto de virgindade. Os pais, acreditando que ela mudaria de ideia, acertaram seu casamento com Valeriano, também da nobreza romana. Ao receber a triste notícia, Cecília rezou pedindo proteção do seu anjo da guarda, de Maria e de Deus para não romper com o voto.


Após as núpcias, Cecília contou ao marido que era cristã e do seu compromisso de castidade. Disse, ainda, que para isso estava sob a guarda de um anjo. Valeriano ficou comovido com a sinceridade da esposa e prometeu também proteger sua pureza, mas para isso queria ver tal anjo. Ela o aconselhou a visitar o papa Urbano, que, devido à perseguição, estava refugiado nas catacumbas.


O jovem esposo foi acompanhado de seu irmão Tibúrcio, ficou sabendo que antes era preciso acreditar na Palavra. Os dois ouviram a longa pregação e, no final, converteram-se e foram batizados. Valeriano cumpriu a promessa. Depois, um dia, ao chegar em casa, viu Cecília rezando e, ao seu lado, o anjo da guarda.


Entretanto, a denúncia de que Cecília era cristã e da conversão do marido e do cunhado chegou às autoridades romanas. Os três foram presos: ela, em sua casa; os dois, quando ajudavam a sepultar os corpos dos mártires nas catacumbas. Julgados, recusaram-se a renegar a fé e foram decapitados. Primeiro, Valeriano e Turíbio; por último, Cecília.


Santa Cecília Padroeira dos músicos
O prefeito de Roma falou com ela em consideração às famílias ilustres a que pertenciam e exigiu que abandonassem a religião sob pena de morte. Como Cecília se negou, foi colocada no próprio balneário do seu palacete para morrer asfixiada pelos vapores. Mas saiu ilesa. 

Então, foi tentada a decapitação. O carrasco a golpeou três vezes e, mesmo assim, sua cabeça permaneceu ligada ao corpo. Mortalmente ferida, ficou no chão três dias, durante os quais animou os cristãos que foram vê-la a não renegarem a fé. Os soldados pagãos que presenciaram tudo se converteram.


O seu corpo foi enterrado nas catacumbas romanas. Mais tarde, devido às sucessivas invasões ocorridas em Roma, as relíquias de vários mártires, sepultadas lá, foram trasladadas para inúmeras igrejas. As suas, entretanto, permaneceram perdidas naquelas ruínas por muitos séculos. Mas, no terreno do seu antigo palácio, foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro já no século VI.


Santa Cecília é uma das mais veneradas pelos fiéis cristãos, do Ocidente e do Oriente, na sua tradicional festa do dia 22 de novembro. O seu nome vem citado no cânon da Missa e, desde o século XV, é celebrada como padroeira da música e do canto sacro.


Certa vez, o cardeal brasileiro dom Paulo Evaristo Arns assim definiu a arte musical: "A música, que eleva a palavra e o sentimento até a sua última expressão humana, interpreta o nosso coração e nos une ao Deus de toda beleza e bondade". Podemos dizer que, na verdade, com suas palavras ele nos traduziu a vida da mártir Santa Cecília.


Santa Cecília, padroeira dos músicos: Rogai por nós!


domingo, 18 de novembro de 2012

São José Maria Escrivá - Como amar a Eucaristia?

São José Maria Escrivá
Barcelona, 26 de novembro de 1972. S. Josemaria recorda que Jesus está presente na Eucaristia. Rezar perante o sacrário com esta atitude é fazer um ato de Fé.
Digo-vos que participeis sempre que puderdes na Santa Missa;
pois no altar ninguém preside, é Cristo que está, Cristo!
É o sacerdócio sempiterno de Cristo.
Eu, que sou o último sacerdote do mundo,
empresto a Jesus Cristo a minha pessoa e a minha palavra.
E digo "este é o meu Corpo, este é o meu Sangue".
E Ele esconde-se, vindo sob o aspeto
do pão e do vinho,
esconde-se nas Espécies Sacramentais.
Dizei-lhe muitas vezes com um ato de fé que vos saia de dentro:
"Senhor, creio que estás aí realmente presente,
com o teu Corpo, com o teu Sangue, com a tua alma, com a tua Divindade".
E pensai em tudo o que sabeis dele,
porque sois leitores assíduos do Evangelho.
E vivei algumas daquelas cenas que os evangelistas relatam.
E reagi como tivésseis reagido
se tivésseis estado naqueles tempos com Ele,
porque Ele está agora:
Jesus Christus heri et hodie, et in saecula;
Jesus Cristo, o mesmo que é hoje, era ontem e será sempre.
E vive. Senhor: sei que vives, que estás aí escondido por amor.
Eu irei fazer-te um pouco de companhia todos os dias.
Mas... Propósitos, sim, propósitos! Eu não falo por falar.
Digo coisas certas; e confio na vossa retidão,
E confio na vossa fé de cristãos, fazei o propósito
de ir cumprimentar o Senhor todos os dias,
mesmo que seja apenas com uma genuflexão, e um "Amo-te", certo?
E também, nas vossas almas em graça,
há toda essa maravilhosa certeza da inabitação de Deus.
Ali está o Espírito Santo atuando, para não vivermos vida de animais,
mas sim vida de cristãos: vida sobrenatural.
Podemos ir procurar Deus no nosso coração,
com o Espírito Santo, o Pai e o Filho, a Trindade na sua totalidade.
E fazemos oração, falamos.
E se não nos vem nada à cabeça, dizei-lhe que não vos vem nada à cabeça,
"Senhor, eu sei isto, creio, amo-te, espero em ti!
Aumenta-me a fé! Não sei dizer-te nada!"
E já estais a fazer oração: segui por aí um pouquinho de tempo, ireis por bom caminho.

Fonte: pt.josemariaescriva.info

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fica comigo Senhor - Oração de São Padre Pio


Oração de Padre Pio

Fica comigo, Senhor!


Fica Senhor comigo, pois preciso da tua presença para não te esquecer.
Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica Senhor comigo, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica Senhor comigo, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica Senhor comigo, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica Senhor comigo, para me mostrar tua vontade.
Fica Senhor comigo, para que ouça tua voz e te siga.
Fica Senhor comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica Senhor comigo, se queres que te seja fiel.
Fica Senhor comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti. Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão,a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não às mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica Senhor comigo, pois é só a ti que procuro teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais. Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.
São Padre Pio, rogai por nós!


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um menino mexicano que queria morrer por Cristo Rei



As lições do menino mexicano que queria morrer por Cristo Rei.


José Luiz Sanchez Del Río nasceu a 28 de março de 1913, na cidade Sahuayo, província de Michoacan, México. Vivia uma vida comum, como qualquer outro menino do interior do México, até que esta normalidade foi quebrada pela ascensão de Plutarco Elias Calles à chefia do poder daquela nação.
Beato mártir de Cristo Rei: José Luiz Sanchez Del Río
Este presidente tirânico, declaradamente socialista e maçom, empreendeu em todo o país uma das maiores perseguições que a Igreja Católica sofreu no século XX. Com o pretexto de “livrar a nação do fanatismo religioso” (qualquer semelhança não é mera coincidência), Plutarco Calles iniciou uma investida militar contra padres, religiosos e fiéis leigos que demonstrassem qualquer sinal da fé católica. Confiscou todas as Igrejas, prendeu e matou padres, bispos, frades, freiras dentre muitos outros. Após tanta perseguição, um grupo de fiéis católicos viu-se obrigado a pegar em armas para garantir sua sobrevivência. Este conflito ficou conhecido como Cristiada ou Guerra Cristeira, em homenagem aos soldados cristãos que eram conhecidos como Cristeros.
Um dia, ao visitar o túmulo do beato mártir Anacleto González Flores, que havia morrido durante a perseguição de maneira brutal e impiedosa, José Luiz Sanchez Del Río rezou a Deus, pedindo para que ele também pudesse morrer pela manutenção de sua Fé. Então, aos 13 anos de idade, foi procurar o general Prudencio Mendoza, que tinha sua base na vila de Cotija, para que pudesse ingressar no exército cristero. Ao chegar, dirigiu-se ao general que o indagou:
—O que viste fazer aqui meu rapaz? Ele respondeu:
—Vim aqui para morrer por Cristo Rei.
A sinceridade daquelas palavras e o vívido olhar destemido daquele nobre rapaz ressoaram profundamente no coração do general cristero, que autorizou sua entrada na milícia. Ao longo de um ano, José Luiz Sanchez Del Río combateu em muitos confrontos ferozes contra o exército regular do governo comunista e maçom.
Em fevereiro de 1928, cerca de 1 ano após o seu ingresso no exército cristero, o menino e seus confrades foram surpreendidos numa emboscada. José Luiz cedeu seu cavalo ao líder da resistência, sendo capturado pelos sádicos soldados do governo de Plutarco. Na intenção de fazer com que o menino renunciasse sua fé, descamaram a planta de seus pés até as nervura e o amarraram em um cavalo, obrigando-o a andar por cerca de quatorze quilômetros a pé e descalço. Não precisamos aqui dizer o nível de dor que esta pobre criança sentiu, mesmo assim, nos momentos em que as dores lhes eram insuportáveis, o menino cheio da Graça Divina Bradava em voz alta e vigorosa “Viva Cristo Rey e la Virgem de Guadalupe!”
José Luiz Sanchez Del Río no filme Cristiada (For Greater Glory) que retrata a história dos cristeros mexicanos.


Sem sucesso na tentativa de que José Luiz abjurasse de sua fé por meio da dor mais causticante e alucinante possível, os soldados tentaram com intimidá-lo de outra maneira. Ao chegar na vila em que nascera, para ser executado no dia seguinte, os soldados fizeram com que a mãe do menino escrevesse-lhe uma carta pedindo para que ele abjurasse da fé católica, para poder ser solto. José Luiz Sanchez Del Río respondeu assim ao bilhete de sua mãe:
“Minha querida mãe: Fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faz a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e tu recebe por último o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”
No dia seguinte, 10 de fevereiro de 1928, uma sexta-feira, o menino que estava prestes a completar 15 anos ofereceu sua vida terrena para não perder a vida eterna ao lado de Jesus Cristo, a quem ele depositou sua fé com bravura e fidelidade.
Precisamos saber que sem demonstrarmos profunda repugnância e asco pelo que destrói nossa Santa Igreja, não somos verdadeiramente cristãos. Não há verdadeiro amor se não há repulsa pelo que imediatamente opõe-se ao que amamos. É impossível pensar em ser católico sem concebermos a possibilidade de darmos nossa vida por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: padrepauloricardo.org

domingo, 4 de novembro de 2012

"Tarde te amei, ó Beleza antiga e tão nova"

Santo Agostinho de Hipona

"Tarde Vos amei, 

ó Beleza tão antiga e tão nova, 
tarde Vos amei! 
Eis que habitáveis dentro de mim, 
e eu, lá fora, a procurar-Vos! 
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. 
Estáveis comigo e eu não estava Convosco! 
Retinha-me longe de Vós 
aquilo que não existiria, 
se não existisse em Vós. 
Porém, chamastes-me, 
com uma voz tão forte, 
que rompestes a minha Surdez! 
Brilhastes, cintilastes, 
e logo afugentastes a minha cegueira! 
Exalastes Perfume: 
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós. 
Saboreei-Vos 
e, agora, tenho fome e sede de Vós. 
Tocastes-me 
e ardi, no desejo da Vossa Paz"