domingo, 10 de maio de 2015

OS SINAIS DA ESTRADA CERTA...




Reflexão do 6º Domingo da Páscoa

Por. Mayron José 

Caros irmãos e irmãs, cá estamos nós, uma vez mais, a fim de refletirmos o Evangelho dominical. Desde o início de nossa reflexão fixemos na ideia dos Sinais, ou seja, os variados indícios, vestígios ou provas que nos indicam muitas coisas. Um exemplo particular disso é no trânsito, eles nos pedem para avançar, parar, virar à esquerda ou direita, seguir em frente... Eles nos orientam como devemos andar. No Evangelho deste domingo, em síntese, Nosso Senhor apresenta aos seus a importância dos mandamentos na vida do cristão como guia e permanência no amor divino, como regra para uma estrada certa. O objetivo disso? Como Ele mesmo diz: “Para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria seja plena” (Jo 15,11). Mais uma vez Nosso Senhor manifesta seu cuidado, seu carinho pelos seus eleitos. 

No caminho espiritual, o primeiro sinal que Nosso Senhor nos deixa são os seus mandamentos. Tais leis, que regulam nossa vida cristã, não são impostas por um Deus opressor e devem ser seguidas porque são regras, simplesmente, mas, como nos diz o Catecismo da Igreja, “é o caminho da vida”, que nos dá a vida e deixa a todos nós, como fruto, o tráfego livre, pois com eles ficamos livres do pecado, das amarras demoníacas do dia a dia que insistem em nos prender às nossas paixões, nossas vontades, nossos desejos, mentira, ódio e egoísmo e não nos deixam olhar para o alto, focar nossa meta que é o céu. Os mandamentos são tão especiais, pois neles compreendem toda a vida humana, quer dizer, o contato com Deus e com o próximo e por isso precisam ser amados e seguidos porque quem nos deixou esses sinais, nos amou por primeiro, no elegeu por “amigos”.

O Segundo Sinal parte de nós como resposta ao primeiro, isto é, como diz o salmista, “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos e fazei-me conhecer a vossa estrada” (Sl 24), ou seja, é a disposição do coração, síntese do homem, que deseja, ardentemente, trilhar a estrada certa, o caminho de Deus. Não é um desejo qualquer mas um desejo profundo, insaciável que só tem sua completude no próprio Deus e no que Ele diz. E Neste domingo esta disposição deve ser renovada, estando apagada ou brilhante como luz, pois sabemos o que nos espera no fim do caminho: A VIDA ETERNA. A estrada da vida espiritual é simples, apesar de gradativa... muitas vezes, nós que a complicamos! Tome atitude! Corra atrás do que é teu, exclusivamente teu.. e nada nem ninguém poderá tirá-lo. Seguindo a imagem que utilizamos é deixar-se guiar pelo “GPS de Deus” para chegar ao nosso destino, atingir a nossa meta e nos “Cristificar-nos”, tornar-nos outros Cristos...

Um Terceiro sinal, junção do primeiro com o segundo, é uma visão futura do que teremos no fim do caminho: a vivência do amor. Esse sentimento já tão banalizado por muitos... Amo aquele que me ama e odeio aquele que odeia! Não! Esse é o pensamento do mundo de hoje... Mas, Nosso Senhor não nos pede, senão, utiliza do verbo ORDENAR quando se refere ao mandamento do amor: “ Isto é o que vos ordeno: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS” (Jo 15,17) É uma determinação, um mandamento novo que vem da boca do próprio Cristo. O mestre quer nos conhecer e reconhecer pelo amor... Amar o outro não é fácil, aceitar as diferenças é pior ainda, estes são os nossos limites que sempre se apresentam em diversas situações. Mas Cristo nos ordena a ir além, a superar-nos, a dar mais. Mas será que ele pede muito de nós? Não, senão, não nos pediria. Mas, se pede é porque sabe que somos capazes, apesar de limitados. Mais ainda, porque nos conhece e nos ama profundamente e por isso deixa sinais, vestígios que nos reorientam a seu caminho. 



Que a Virgem Maria, Mãe daquele que nos amou até o fim, Jesus Cristo, nos ensine, neste mês a ela dedicado, a seguirmos o caminho de Deus, a estrada certa e a sermos sensíveis a seus sinais...



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